Capacitação de Agentes de Saúde e Endemias terá continuidade em Carmópolis

Cursos de formação continuam sendo realizados em parceria com o MPT-SE

A capacitação contínua dos Agentes Comunitários de Saúde (ACS) e Agentes de Combate às Endemias (ACE) teve início em Lagarto, Canindé de São Francisco e Poço Redondo no ano anterior, como resultado de acordo judicial entre o Ministério Público do Trabalho em Sergipe (MPT-SE) e Fundação Estadual de Saúde (Funesa). Agora, a iniciativa terá continuidade em Carmópolis, a partir do dia 1º de abril, e contemplará também os municípios de Maruim e Capela, que devem providenciar transporte para garantir a participação dos seus agentes.

A seleção desses três municípios foi determinada pelo predomínio do cultivo da cana-de-açúcar na região e pelo considerável número de trabalhadores resgatados em condições análogas às de escravo.

Os cursos de capacitação oferecidos visam, principalmente, a prevenção de doenças ocupacionais e acidentes de trabalho. Os agentes recebem instruções sobre as interações entre “trabalho e saúde” e “trabalho e doença”, para se tornarem capazes de cuidar melhor de si mesmos e da comunidade onde exercem suas funções.

Em reunião realizada no último dia 6, na Secretaria de Estado da Saúde, para definição da cidade-sede da iniciativa e de questões como liberação de transporte para os trabalhadores, o Procurador do Trabalho Adroaldo Bispo destacou a necessidade de uma maior articulação entre os municípios e os órgãos do Estado, responsáveis pelas ações de Saúde e Segurança do trabalhador. "A Vigilância em Saúde do Trabalhador e o Centro de Referência em Saúde do Trabalhador (Cerest) devem assumir um papel central nessa articulação, para garantir a realização das capacitações que são oferecidas pelo MPT-SE e Funesa", destacou.  

Segundo a coordenadora de Educação Profissional da Funesa, Rosyanne Vasconcelos, a metodologia do curso proporciona aos participantes colocar os aprendizados em prática. “Os agentes são estimulados a olhar para o seu território de uma outra forma e colher dados para apresentar no encontro seguinte, provocando novas discussões e reflexões”, explicou.

 A ação tem carga horária de 60 horas, com atividades presenciais e em campo. Além disso há também a colaboração da Escola de Saúde Pública (ESP/SE) e da Universidade Federal de Sergipe (UFS). O objetivo é que a iniciativa seja expandida para todas as regiões do Estado, sendo que o próximo município em potencial é Itabaiana, localizado na região Agreste.

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